Cuamm Português

A saúde é um direito, a luta contra a respeitar é um dever

Nosso compromisso em Etiópia

2022

O 2022 caracterizou-se pelos efeitos directos e indirectos do conflito no norte do país, em particular na região do Tigré, pela crise global e pelas consequências da seca, que causou graves prejuízos e provocou fluxos migratórios internos. Assistimos a um agravamento da situação económica, com progressiva desvalorização da moeda e elevada taxa de inflação. No entanto, a intervenção da CUAMM continuou e aumentou, estendendo-se também a novas áreas do País.
Em Adis Abeba foi realizado um projecto em colaboração com as autoridades locais de saúde da subcidade de Kolfe Kerânio que tornou possível aumentar a cobertura vacinal e conter a propagação da Covid-19. Para além disso, foram realizadas actividades de projecto que visam melhorar os serviços de diabetes (DMT1) em 34 hospitais em todo o país, em parceria com o Ministério da Saúde da Etiópia e a Associação Etíope de Diabéticos.
Na Zona Sudoeste de Shoa, no St. Luke’s Hospital de Wolisso, foi garantido pessoal clínico especializado nacional e internacional para apoiar serviços críticos, como medicina interna, pediatria e gestão da saúde, mas a difícil situação financeira, a inflação e as consequentes restrições reduziram significativamente o acesso, com forte aumento dos custos.
Na South Omo Zone, a intervenção em saúde materno-infantil concluiu-se com o apoio ao Hospital de Jinka e ao Hospital de Turmi. Na região de Gambella, intensificou-se a intervenção a favor dos refugiados sul-sudaneses nos campos de Nguenyyiel, Tierkidi, Kulle e Jewi, com o objectivo de garantir serviços básicos de saúde, melhorar a infraestrutura e equipamentos e disponibilizar pessoal clínico formado.
Na Somali Region as intervenções de saúde continuaram no Distrito de Harawa e foram instaladas clínicas móveis para apoiar os deslocados internos (IDPs) que migram devido à seca, na Liben Zone, no sul da Região.
Na região do Tigré, apesar de algumas interrupções devido ao conflito que recrudesceu no Verão de 2022, foi possível garantir o apoio a 3 unidades de saúde e ao sistema de referência em ambulância.
Finalmente, no dia 12 de Novembro de 2022, foi assinado o Acordo de Paz que pôs fim ao sangrento conflito que durou 2 anos. Finalmente, na região Amara foi lançado um novo projecto em favor dos deslocados internos (IDPs) que se refugiaram em Debre Berhan com clínicas móveis de saúde e de nutrição para supervisionar os campos de deslocados.

A NOSSA HISTÓRIA

1980
O primeiro médico é enviado ao leprosário do Gambo.

1997
Acordo com a Conferência Episcopal da Etiópia para a construção do hospital St. Luke em Wolisso com uma escola adjacente para parteiras e enfermeiras.

2012
Começa o programa “Primeiro as mães e as crianças”.

2014
Começo da intervenção em South Omo.

2016
Inicia “Primeiro as mães e as crianças. 1.000 desses dias”.

2017
Lançamento da intervenção na região de Gambella, também em apoio aos refugiados do Sudão do Sul.

2018
A parceria com o Ministério da Saúde da Etiópia é reforçada com o lançamento de dois projectos de assistência técnica.

2019
O hospital em Wolisso recebe o reconhecimento da Sociedade Médica Etíope como o melhor hospital do ano pelo seu desempenho, pelo Ministro da Saúde Dr. Amir Aman.

2020
Começa um projecto na região da Somália, no distrito de Harawa, para actividades de melhoria da infra-estrutura e formação do pessoal.

2022
Começa a terceira fase do programa “Primeiro as mães e as crianças: Pessoas e competências”.

Scopri l’intervento del Cuamm negli anni precedenti.